Fósseis de invertebrados marinhos N

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 o período devoniano da era paleozoica (entre 400 e 360 milhões de anos atrás) a região atualmente compreendida pelos Campos Gerais do Paraná estava situada em elevadas latitudes, bem mais próxima do Polo Sul, unida às massas continentais que formavam o continente Gondwana. Os sedimentos referentes a esse período indicam que os mesmos foram depositados em regime de ambiente marinho, isto é, que toda a região era fundo de mar.

     Há evidências também de que esse mar apresentava temperaturas muito baixas, e que não deveria ultrapassar a profundidade de 50 metros, sendo considerado um mar raso, pelos especialistas. Houve diversas transgressões marinhas no período, quando as águas invadiam as regiões rebaixadas do continente, pontuadas por regressões de menor intensidade. O estado de submersão por tempo prolongado é comprovado pela paleofauna marinha preservada nas rochas, como os trilobitas e os braquiópodes. Há registros também de microfósseis, fragmentos vegetais e icnofósseis, que podem ser vistos em muitos pontos de afloramento da Formação Ponta Grossa, ao longo dos cortes de estradas, como os da BR 153, no município de Tibagi, e no ramal ferroviário entre as cidades de Jaguariaíva e Arapoti.

     Os Campos Gerais podem ser considerados um Museu de História Natural a céu aberto.