strutura geológica decorrente de grande atividade tectônica durante o Mesozoico, especialmente no intervalo Jurássico-Cretáceo, há cerca de 130 milhões de anos, que resultou no levantamento da crosta na porção leste do Paraná, formando um arco com o lado convexo voltado para oeste e um conjunto de fraturas e falhas orientadas paralelamente ao eixo do arqueamento. Também ocorreram extensivos processos vulcânicos, com volumes gigantescos de lavas sendo injetados e extravasados em toda a Bacia Sedimentar do Paraná.
O fenômeno, que está associado ao processo de ruptura do continente Gondwana e à formação do Atlântico Sul, definiu a geologia e a geomorfologia do Estado do Paraná e resultou na formação de três planaltos escalonados com caimento para oeste-noroeste, separados por escarpas que formam verdadeiros degraus topográficos, chamados de Primeiro, Segundo e Terceiro Planaltos, favorecendo o desenvolvimento de uma rede de drenagem com sentido geral de leste para oeste. O soerguimento originou também fraturas profundas que deram passagem ao magma basáltico formador da terra roxa do Norte do Paraná e, nos Campos Gerais, de um dos mais notáveis enxames de diques do planeta.